A recente pesquisa divulgada pelo Instituto de Opinião/RedeMais está sendo vista por muitos como uma tentativa descarada de manipulação para encobrir os escândalos que cercam o prefeito Nabor Wanderley. Em uma cidade onde a população comenta abertamente quando é abordada por pesquisadores, é no mínimo suspeito que, desta vez, ninguém em Patos tenha sido consultado ou sequer ouvido falar sobre a realização de qualquer sondagem eleitoral.

Especialistas locais estão céticos quanto aos resultados apresentados, levantando a hipótese de que essa pesquisa seja, na verdade, uma jogada política para desviar a atenção das denúncias e investigações envolvendo o atual prefeito. Com a recente ação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União, que recolheram documentos relacionados a obras financiadas com recursos da controversa emenda PIX enviada pelo filho do prefeito, o deputado Hugo Motta, a desconfiança só aumenta.

Não se pode negar a importância das pesquisas eleitorais, pois elas são, em essência, um reflexo científico da opinião pública. No entanto, em tempos de disputa eleitoral acirrada, o uso indevido dessas ferramentas para confundir o eleitor é uma prática comum e preocupante. Quando pesquisas são encomendadas e manipuladas para apresentar uma realidade distorcida, o intuito é claro: iludir a população e criar uma falsa percepção de liderança ou popularidade.

Diante de todo o cenário de escândalos e investigações, a divulgação dessa pesquisa parece, para muitos, um mero artifício de marketing político, uma cortina de fumaça que tenta esconder a verdade dos eleitores. O sentimento das ruas, entretanto, conta uma história diferente, e os opositores ao prefeito já discutem a necessidade de contratar um instituto sério para apresentar dados verdadeiros sobre a intenção de voto. A manipulação pode ter um efeito reverso, e como dizem os analistas, "o tiro pode sair pela culatra".