Apatia e ataques marcam campanha em Patos: Nabor aposta em 16 anos de poder, enquanto oposição tenta quebrar domínio
Com a proximidade do dia 06 de outubro, o Brasil se prepara para escolher seus novos prefeitos e vereadores. No entanto, o que deveria ser uma ocasião de discussão profunda sobre o futuro das cidades, foi marcado por campanhas rasas, recheadas de ataques pessoais e vulgaridades, amplificadas pela imprensa. Em Patos, a situação não é diferente, com uma campanha morna e sem empolgação por parte dos eleitores, resultado de uma apatia generalizada e falta de propostas concretas.
Os dois principais candidatos, Ramonilson Alves e Nabor Wanderley, pouco mobilizaram os eleitores com debates que realmente fizessem a diferença. Ramonilson, pelo menos, tentou pautar sua campanha em projetos e na solução de problemas crônicos da cidade, como o desemprego e obras inacabadas, muitas delas legadas por seu adversário. Prometeu, ainda, combater a corrupção e garantir transparência, o que soa como uma promessa necessária, mas quase utópica no cenário político local.
Já Nabor Wanderley, candidato à reeleição pelo Republicanos, pareceu acreditar que sua campanha não precisava de muito esforço. Apostando em um quarto mandato, sua principal "proposta" foi a promessa de concluir as obras que ele mesmo deixou inacabadas ao longo de 16 anos de gestão. O fiasco administrativo que se arrasta na cidade, marcado por desastres políticos como a gestão de Chica Motta, não parece ter sido motivo de autocrítica para o atual prefeito.
Nabor se portou durante toda a campanha como um verdadeiro "ditadorzinho", tentando sufocar qualquer manifestação de opinião que fosse contrária a sua. Movido por interesses claramente intimidadores, ele usou sua influência para silenciar críticas e impedir um debate democrático, demonstrando que se vê acima de qualquer questionamento.
Agora, o eleitorado tem a palavra final. Se escolher manter o que tem vivido nos últimos 16 anos, Nabor continuará no poder. Se decidir que Patos merece uma chance de mudança, talvez Ramonilson ou até o também candidato professor Edileudo, possam ser essa alternativa. No entanto, a verdade é clara: a oposição enfrenta um adversário fortemente apoiado pelo poder econômico e financeiro. Somente uma conscientização real do eleitor poderá gerar a transformação que Patos tanto necessita. Que Deus ilumine o povo nesse momento decisivo.