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Patos,14/11/2024

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Esquecidas pelo poder público: a realidade das favelas paraibanas

Com informações de g1.globo.com
Esquecidas pelo poder público: a realidade das favelas paraibanas Krys Carneiro/G1



Paraíba: Desigualdade social marcada pela realidade das favelas

Um novo levantamento do IBGE revela que mais de 210 mil paraibanos, cerca de 5,3% da população estadual, vivem em favelas e comunidades urbanas. A maior concentração dessas comunidades está na Região Metropolitana de João Pessoa, com destaque para a capital, onde 168.867 pessoas residem nesses territórios.

Um retrato da desigualdade

Os dados do Censo Demográfico 2022 mostram que a população das favelas paraibanas é mais jovem e possui uma maior proporção de pessoas pretas e pardas em comparação com a população geral do estado. Além disso, o acesso a serviços básicos como saneamento básico e coleta de lixo ainda é um desafio para muitos moradores dessas comunidades.

Desafios e oportunidades

A pesquisa destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes para garantir o direito à cidade e melhorar as condições de vida nas favelas. A ampliação do acesso à educação, saúde, saneamento básico e oportunidades de emprego são alguns dos desafios a serem enfrentados.

População em favelas na Paraíba é de 5,3% e apresenta indicadores de infraestrutura abaixo da média nacional

Um estudo com dados do Censo Demográfico 2022, divulgado nesta sexta-feira (8), aponta que 5,3% da população da Paraíba reside em favelas, uma das 10 menores proporções do Brasil. Na Paraíba, as favelas e comunidades urbanas somam 282 territórios, a maioria deles localizados na região metropolitana de João Pessoa, que compreende João Pessoa (157 territórios), Cabedelo (25), Bayeux (23), Santa Rita (11), Conde (7) e Lucena (4). Outros municípios com alta concentração de favelas incluem Campina Grande (23), Sousa (10),  Cajazeiras (8), Patos (7).

O percentual da população em favelas no estado é inferior à média nacional de 8,1%. Em João Pessoa, 168.867 pessoas (14,4% da população da região metropolitana) vivem nesses territórios. Dentre as favelas, 83,3% têm menos de 500 domicílios, enquanto 5% têm 1.000 ou mais residências.

As maiores favelas da Paraíba são a Vila Teimoso, em João Pessoa, com 7.372 habitantes e 3.036 domicílios; o Pedregal, em Campina Grande, com 6.528 moradores e densidade demográfica de 21.020 habitantes por km²; e a favela São José, também em João Pessoa, com 6.055 habitantes e 2.399 domicílios.

Perfil demográfico

A população das favelas paraibanas é majoritariamente composta por pessoas pardas (60%) e pretas (12,4%), e apresenta uma faixa etária mais jovem do que a média estadual, com um índice de envelhecimento de 42 (42 idosos para cada 100 crianças). A idade mediana nas favelas é de 29 anos, enquanto na população total da Paraíba é de 34 anos. Dos 210.485 residentes, 51,6% são mulheres e 48,4% são homens.

Infraestrutura e serviços

O levantamento também revelou carências de infraestrutura nos domicílios das favelas paraibanas. Apenas 43,5% das residências têm acesso à rede geral de esgoto, proporção abaixo da média brasileira (59,5%) e nordestina (52,1%). Já 95,6% das residências são abastecidas com água da rede geral, índice superior ao nacional e ao regional. O serviço de coleta de lixo alcança 94,7% das residências, enquanto a média nacional é de 96,7%.

Em relação a equipamentos sociais, o Censo registrou que os territórios de favelas contêm mais estabelecimentos religiosos (769) do que de ensino (117) e saúde (44).




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