EUA revelam plano do Irã de assassinar Donald Trump
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou o Irã de elaborar um plano para matar o agora presidente eleito Donald Trump. O relatório foi divulgado na noite da última sexta-feira, 8. Neste sábado, 9, o Irã negou a conspiração criminosa.
"As acusações expõem as contínuas tentativas descaradas do Irã de atingir cidadãos americanos, incluindo o presidente eleito Donald Trump, outros líderes governamentais e dissidentes críticos do regime de Teerã", disse o diretor do FBI, Christopher Wray.
De acordo com a acusação, o plano de assassinato foi elaborado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã para vingar a morte do general iraniano Qasem Soleimani, morto em 2020 num ataque dos EUA no Iraque. Trump era presidente quando o ataque foi ordenado.
Segundo o Departamento de Justiça, a Guarda Revolucionária contratou Farhad Shakeri, 51 anos, para planejar o assassinato de Trump em 7 de outubro. Shakeri e dois outros homens — Carlisle Rivera, 49, e Jonathon Loadholt, 36, ambos de Nova York — foram acusados de conspirarem para matar uma jornalista iraniana-americana dissidente em Nova York.
Acusado foi deportado em 2008
Segundo a investigação, Shakeri como um “ativo da Guarda Revolucionária" e residente atualmente em Teerã. O iraniano migrou para os Estados Unidos ainda criança e foi deportado em 2008, depois de cumprir 14 anos de prisão por roubo.
“Nos últimos meses, Shakeri usou uma rede de parceiros criminosos que conheceu na prisão nos Estados Unidos para fornecer à Guarda revolucionária agentes para realizar vigilância e assassinatos de alvos”, afirmou o Departamento de Justiça.
Anteriormente, os EUA já acusaram o Irã de tentar assassinar autoridades norte-americanas em retaliação pela morte de Soleimani. O Departamento de Estado anunciou uma recompensa de US$ 20 milhões por informações que levem à prisão do suposto mentor iraniano de uma conspiração para assassinar o ex-funcionário da Casa Branca John Bolton.
Irã nega plano para assassinar Donald Trump
Em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Irã, o porta-voz, Esmail Baghai, considerou "completamente infundadas as acusações de que o Irã está envolvido numa tentativa de assassinato contra antigos e atuais funcionários americanos".
Baghaei afirmou que o Irã "negou firmemente" as acusações feitas anteriormente e declarou que '"repetir tais alegações neste momento é uma conspiração maliciosa orquestrada por círculos sionistas e anti-iranianos, com o objetivo de complicar ainda mais as questões entre os EUA e o Irã".
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