Dentista perde a mão após diagnóstico de infecção urinária grave
Conheça a história de superação da mulher que perdeu a mão por conta de infecção urinária
Já imaginou ser internado com uma simples infecção urinária e acabar perdendo a sua mão? Isso foi o que aconteceu com a dentista Thais Nogueira, de 40 anos.
A história de Thais começou em 2021, quando a mulher recebeu um diagnóstico de câncer de útero em estágio avançado. “O diagnóstico veio como uma bomba na minha cabeça porque eu não entendia como podia estar com a doença se todos os anos fazia exames preventivos”, explica.
Para vencer o câncer, Thais Nogueira fez quimioterapia, radioterapia e braquiterapia. Após múltiplas sessões, ela acreditou que havia vencido o problema, contudo, a sua luta estava apenas começando.
“Eu sabia que tinha feito uma radioterapia muito agressiva. Uma das sequelas foi entrar na menopausa precocemente. Sabia que a radiação também poderia queimar outros órgãos e foi o que aconteceu. Tive a bexiga queimada”, compartilhou.
Os danos causados à bexiga trouxeram prejuízos e fizeram com que Thais acabasse desenvolvendo uma cistite actínica, condição que provoca dor ao urinar e pode fazer com que haja a presença de sangue na urina, aumentando as chances de infecções.
Para mitigar a condição, os médicos que acompanham Thais a submeteram à um tratamento de embolização da bexiga. Porém, os resultados não foram os esperados e a mulher acabou saindo do tratamento com muita dor. Ao fazer um exame endoscópico das vias urinárias, foi descoberto que uma parte da bexiga de Nogueira havia necrosado após a realização do procedimento.
“Na tentativa de salvar o órgão, o médico prescreveu o uso de sonda aliado à câmara hiperbárica (30 sessões). Após isso, ele faria um procedimento para retirar a parte necrosada e o útero que estava colado na bexiga pelo efeito da radioterapia. Mas, infelizmente, não deu tempo, tive um choque séptico”, contou.
A infecção generalizada e a perda da mão
A sepse, ou ‘infecção generalizada’, é uma doença gravíssima e ocorre quando o corpo tem uma resposta excessiva a uma infecção. Esse quadro pode ser desencadeado por infecções bacterianas, fúngicas e até mesmo virais.
Em casa, após o fim dos tratamentos, Thais começou a apresentar sinais de febre alta e indisposição. Preocupada, sua mãe a levou ao hospital e Thais foi internada com um quadro de sepse devido a uma infecção urinária.
“Eles notaram que meus rins não estavam funcionando e me levaram para o centro cirúrgico, onde tive dois choques. Tive um acesso no braço esquerdo, que causou a oclusão da artéria radial. Ao longo dos dias, a mão esquerda necrosou por falta de oxigenação”, contou a mulher.
A necrose das mãos e pés de Nogueira pode ser explicada devido a um mecanismo de defesa do próprio corpo humano. Quando há uma infecção grave no sistema, o próprio organismo protege os órgãos vitais, tais como o pulmão e o coração, o que restringe a circulação sanguínea nas demais áreas do corpo e pode levar à necrose.
Ao todo, nogueira ficou 67 dias internada e acabou tendo a sua mão esquerda amputada. Nogueira também perdeu a sua bexiga. “Dez dias após perder a mão, perdi a bexiga também e fiquei com uma bolsinha, o que afeta muito a autoestima da mulher. Mas não teve jeito de manter o órgão porque a chance de uma nova infecção urinária era muito grande. Então, segui em frente”, revelou.
Após receber alta do hospital, Thais começou o seu processo de readaptação em casa e com o apoio de seus amigos e familiares, fez uma vaquinha a fim de arrecadar fundos para conseguir uma prótese de mão biônica. Hoje, Thais conseguiu comprar a prótese e está se preparando para utilizá-la.
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