Na manhã desta sexta-feira (22), um homem foi alvo de um mandado de busca e apreensão em Campina Grande, Agreste da Paraíba, suspeito de divulgar fotos de jornalistas paraibanas em um fórum de conteúdo adulto.

O mandado foi cumprido em sua residência, no bairro das Malvinas, onde o suspeito foi ouvido e liberado em seguida.

De acordo com o delegado João Ricardo, da Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, o homem procurava imagens de jornalistas em suas redes sociais, especialmente aquelas em que elas apareciam de biquíni ou com roupas íntimas, e as publicava em uma plataforma de conteúdo adulto.

“Ele pesquisava o nome das vítimas na internet e, ao encontrar suas fotos em sites desse tipo, começava a compartilhar. Recebemos vários boletins de ocorrência e começamos a investigação. Ele confessou o crime e admitiu que o alvo eram jornalistas de Campina Grande e João Pessoa, procurando fotos e vídeos que fossem mais sensuais, com menos roupa, para postar na plataforma.

Perguntei se ele tinha algo contra jornalistas, mas ele disse que não, que nem conhecia as vítimas e estava apenas buscando visualizações no seu perfil”, explicou o delegado.

A investigação foi dificultada pela falta de cooperação da plataforma de conteúdo adulto, que não forneceu as informações necessárias para identificar o suspeito. Mesmo assim, a polícia conseguiu rastrear o homem utilizando diversos recursos de investigação cibernética.

O suspeito, após ser ouvido na Central de Polícia de Campina Grande, foi liberado para responder ao processo em liberdade. A polícia agora irá periciar outros dispositivos eletrônicos do investigado para verificar a existência de outros crimes.

Em junho deste ano, a jornalista paraibana Letícia Silva também denunciou que fotos suas haviam sido usadas indevidamente em uma plataforma de conteúdo adulto. Letícia havia sido empresária de moda e, antes de sua carreira jornalística, publicou fotos com biquínis nas redes sociais. Ela descobriu que sua imagem estava sendo explorada em um site de conteúdo adulto, após realizar uma pesquisa com seu próprio nome no Google.

"Como mulher, eu me senti invadida, me senti exposta, por isso fiz o boletim de ocorrência", comentou Letícia em suas redes sociais, ao compartilhar sua experiência com o público.

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