Com uma carreira marcada por décadas de dedicação à informação e ao compromisso ético, o jornalista Marcos Nogueira foi homenageado com o prestigioso Troféu Imprensa. Reconhecido como uma referência no meio jornalístico, Nogueira construiu uma história que inspira gerações, transitando com maestria entre diferentes empresas de comunicação. O prêmio celebra sua contribuição inestimável à imprensa e reforça o impacto de seu trabalho na sociedade.

Em seu artigo, um olhar sobre os profissionais da atualidade.

O troféu Oscar Paraibano e a imprensa de Patos.

Eis que sou surpreendido com um telefonema do jornalista Pedro Oliveira, revelando que eu havia sido agraciado com o referido troféu, sendo considerado o melhor jornalista de Patos, no ano de 2024.

Agradeço - lhe, mas lhe digo que não poderia comparecer à festa de entrega, unicamente por problemas relacionados com a família, haja vista ter perdido, por morte, dois irmãos de larga amizade e afeto. Também a saúde não se apresentava regular, em grande parte por questões emocionais. 

Ainda assim, não tendo enviado um representante, sou novamente surpreendido por Pedro Oliveira e sua digna esposa Soliandra Alves, que fizeram a entrega na minha residência.

De tudo isso, um fato: O nobre Pedro Oliveira e sua honrada Soliandra Alves fizeram por mim o que toda a imprensa de Patos jamais fez ... depois que deixei as redações de jornais e rádios, quando pude honrar o nome de minha cidade, através dos artigos feitos e pelos degraus subidos ao longo dessa estrada espinhosa e muitas vezes inglória. 

Isso porque, na condição de editor de vários jornais na capital, recebi muito carinho e muitos foram os convites e aplausos, feitos pela ampla sociedade e pelo meio ao qual pertenço. O pensamento vagueia nas frases da poesia de Augusto dos Anjos: "..... a mão que afaga é a mesma que apedreja!" Numa verdade lúcida, transparente e real! 

Jamais, em momento algum, tangenciei minha imagem para os holofotes, embora possa enxergar essa realidade no próprio seio jornalístico, onde, com o passar da "fartura" , somos vistos de maneira embasada e até indigesta. E na verdade, findo o espetáculo, vem Chaplin a cantar: " Luzes que se apagam e nada mais!" E sentencia: " É  sonhar em vão, tentar aos outros iludir, se o que se foi  pra nós não voltará jamais"

Que sirva, pois, a muitos tolos que labutam em mídias sociais e rádios, para que acordem para uma verdade: a imprensa é forte, quando fortes e parceiros são seus componentes, buscando na união a fortaleza para vencerem as adversidades do dia a dia e para puderem ser respeitados como deveriam ser. E se as ofertas de um ou outro abastecem o bolso, vão enfraquecendo o espírito e retirando de si a essência da honra ou da moral. E isso é fatal, pois, sendo justamente,o veículo capaz de frear o mau político, passa a ser,  justamente, instrumento para o ludibrio ou engano. Tudo em troco do bem material. Aí me vêm à memória coisas boas que ainda habitam na classe... Marcelo Negreiros, Isaías Nóbrega, enquanto aparecem as imagens de Virgílio Trindade, José Augusto, etc . Mas muito pouco.

A homenagem que me foi feita eu a divido com os que ainda são puros e torcem por um corpo jornalístico mais unido e mais altruísta, capaz de somar força e de poder ser novamente uma voz capaz de ser ouvida e respeitada, como deveria ser!

Nunca a vaidade me fez ser o que nunca quis ser, optando por viver unicamente num meio onde a decência prevaleça, havendo, sempre, a certeza que não carregamos peso ou nódoa na consciência e nem temos pesadelo no dormir!

Marcos Nogueira - Jornalista