Protagonista na crise política da Coreia do Sul, ex-ministro da Defesa tentou o suicídio
[Editado por: Marcelo Negreiros]
O ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul Kim Yong-hyun tentou tirar a própria vida enquanto estava sob custódia, informou Shin Yong-hae, chefe do Serviço de Correções do país, nesta quarta-feira (11). Kim é uma das figuras centrais na investigação sobre a breve e controversa declaração de lei marcial feita pelo presidente Yoon Suk-yeol, que mergulhou o país em uma grave crise política. As informações são da rede CNN.
Detido no último domingo (8) em Seul, Kim foi o primeiro a ser preso no caso. Ele teria recomendado a imposição da lei marcial e renunciado ao cargo de ministro da Defesa. Segundo Shin, o incidente ocorreu em um banheiro antes da emissão de um mandado formal de prisão.
“Quando um agente abriu a porta, Kim desistiu à tentativa”, explicou Shin, acrescentando que ele foi transferido para uma sala de isolamento e está sem problemas de saúde.
A declaração de lei marcial, feita em 3 de dezembro, foi transmitida de forma inesperada em rede nacional. Yoon acusou o principal partido de oposição de “atividades antinacionais” e de simpatizar com a Coreia do Norte. Imagens dramáticas daquele dia mostram forças de segurança invadindo o prédio da Assembleia Nacional para impedir que parlamentares se reunissem. Contudo, em menos de seis horas, a medida foi anulada após legisladores quebrarem o cerco militar e anularem o decreto.
O presidente Yoon enfrenta agora forte pressão para renunciar. Embora tenha sobrevivido a uma votação de impeachment no sábado (7), após boicote de seu partido, a oposição já prepara uma nova moção, com votação prevista para o próximo final de semana.
“Continuaremos a exigir a renúncia ordenada do presidente”, afirmou Han Dong-hoon, líder do conservador Partido do Poder Popular.
No âmbito militar, o Ministério da Defesa suspendeu três comandantes de alto escalão acusados de envolvimento na imposição da lei marcial. Antes de sua renúncia, Kim assumiu total responsabilidade pelos atos das tropas.
“Todas as ações relacionadas à lei marcial foram realizadas sob minhas instruções, e a responsabilidade é inteiramente minha”, disse ele em um comunicado na quarta-feira passada (4).
As investigações contra Yoon e outros altos funcionários avançam, com a polícia apurando acusações de traição. O parlamento também aprovou um conselho especial para investigar se o presidente cometeu insurreição e abuso de poder ao decretar a lei marcial.
No entanto, nem todos os militares seguiram as ordens do presidente. Em audiência no Comitê de Defesa Nacional, o ex-comandante Kwak Jong-geun revelou ter recebido instruções diretas de Yoon para “arrombar as portas” da Assembleia e “arrastar” os legisladores. Kwak, temendo ferimentos, optou por desobedecer.
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