Neste sábado, 15 de fevereiro, o artista paraibano Flávio Tavares, um dos grandes nomes das artes visuais do Nordeste, completa 75 anos. Com uma trajetória marcada por prêmios e reconhecimento internacional, Flávio compartilhou, em entrevista à TV Cabo Branco, suas inspirações, experiências e sua relação profunda com o desenho e a pintura.

O contato com a arte começou cedo, influenciado pelo pai, que, além de médico, era apaixonado por desenho. Com o tempo, aquilo que era apenas um hobby se tornou uma vocação, levando-o a produzir murais, participar de exposições e conquistar prêmios. O divisor de águas veio em 1972, quando venceu o Salão de Arte Global, em Olinda (PE). O prêmio o levou a países europeus, como França, Portugal e Itália, onde teve contato com os grandes mestres da pintura.

"Quando ganhei o prêmio, pensei: 'Pronto, sou artista'. Viajar para a Europa e ver de perto aquelas obras me fez abraçar a arte de forma definitiva", relembra.

O artista destaca que o paraibano Raul Córdula foi uma de suas grandes influências e o incentivou a trilhar o caminho da arte. Outro nome marcante foi Hermano José, cuja trajetória também serviu de inspiração.

Mesmo com reconhecimento internacional, Flávio mantém sua essência enraizada na cultura e no cotidiano paraibano. "Pinte sua aldeia e você pintará o mundo", reflete.

Aos 75 anos, Flávio afirma que sua conexão com a arte é inquebrantável. "Eu já incorporei. Não sei estar sem desenhar. A pintura e o desenho me engoliram, e a gente tem muita história dentro de si, mas pouco tempo para dar forma a essa montanha de sentimentos", conclui.

Com um legado de cores, formas e narrativas visuais, Flávio Tavares segue construindo sua história na arte brasileira, deixando sua marca tanto na Paraíba quanto no cenário cultural mundial.