O Ministério da Saúde publicou, na sexta-feira (14/2), uma nota técnica em que autoriza a ampliação do público-alvo para vacinação contra a dengue. A medida visa utilizar todas as doses que estão próximas do vencimento e ainda estão nos estoques das secretarias estaduais ou distrital de saúde.
Vacinação contra dengue
O Ministério da Saúde autorizou a expansão temporária da faixa etária para vacinação contra a dengue.
A decisão visa evitar o desperdício de doses próximas do vencimento.
Estados e municípios devem registrar as aplicações na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) para garantir a segunda dose.
A imunização contra a dengue conta com duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas.
Até 14 de fevereiro, o Brasil registrou 291.434 casos prováveis, 118 mortes confirmadas e 294 óbitos em investigação.
Segundo a pasta de Nísia Trindade, a extensão de pessoas que poderão ser imunizadas é em “caráter temporário”. Além disso, as doses poderão ser remanejadas para novos municípios não contemplados pela vacinação.
As doses com validade de dois meses poderão ser aplicadas em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Atualmente, a vacinação é exclusiva para pessoas de 10 a 14 anos.
Para os imunizantes com um mês restante para validade, a estratégia do Ministério da Saúde é que eles sejam utilizados no limite etário previsto na bula, sendo beneficiadas pessoas de quatro a 59 anos.
A pasta informa que a expansão do público-alvo deve considerar a disponibilidade de imunizantes em cada estado ou município. As secretarias devem comunicar todas as doses administradas para que haja o registro na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), para garantir que a segunda dose seja aplicada.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles — ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona, para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Casos de dengue
O Brasil registrou 291.434 casos prováveis de dengue até essa sexta. Os dados estão presentes no Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, com informes diários sobre dengue, zika e chikungunya.
Conforme o painel, o Brasil notificou, em 2025, 118 mortes por dengue, enquanto outros 294 óbitos estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é de 137,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
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