A cidade de Toritama, Pernambuco, conhecida nacionalmente como a “Cidade do Jeans”, se revoltou diante da atitude do pastor Severino Antônio, dirigente da Assembleia de Deus, que depôs em juízo como testemunha de defesa de Miquéias Tavares, acusado de agressões físicas e morais contra sua ex-companheira, Alana Lacerda.

A decisão do pastor de apoiar um réu com três registros na Lei Maria da Penha gerou forte indignação entre fiéis e na sociedade local, levantando questionamentos sobre sua postura diante dos princípios do evangelho. O envolvimento de Severino Antônio foi atribuído à forte influência econômica dos pais do acusado, Niedson e Raquel Tavares, membros da Assembleia de Deus, que intercederam junto ao líder religioso para que ele testemunhasse a favor do filho.

Omissão e Contradição

Relatos indicam que Alana Lacerda buscou ajuda do pastor diversas vezes, pedindo que ele interviesse para conter as agressões. No entanto, além de ignorar os pedidos da vítima, o pastor escolheu apoiar o agressor e seus familiares, colocando em xeque sua conduta moral e espiritual.

A repercussão do caso foi imediata. Tanto a comunidade evangélica quanto a população de Toritama manifestaram perplexidade e indignação, o que pode levar Severino Antônio a prestar esclarecimentos à direção estadual da Assembleia de Deus sobre seu envolvimento na defesa de um agressor de mulher.

Justiça Precisa Agir

O processo que tramita na Comarca de Toritama envolve não apenas a denúncia de agressão, mas também a disputa pela guarda dos filhos do casal e ameaças contra Alana, supostamente feitas pelo ex-companheiro e seus familiares.

Casos como esse ressaltam a urgência da atuação da Justiça, que não pode falhar em proteger vítimas de violência doméstica. O Brasil enfrenta uma epidemia de feminicídios, e negligências nesse tipo de julgamento podem custar vidas.

Nosso portal seguirá acompanhando o caso e buscará novas informações para esclarecer os desdobramentos do processo. Procuramos contato com os acusados, mas não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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