Infecção polimicrobiana: entenda quadro “complexo”
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[Editado por: Marcelo Negreiros]
O Vaticano informou nesta segunda-feira que o papa Francisco está enfrentando um quadro de infecção polimicrobiana no trato respiratório. Internado desde o final da última semana, o líder da Igreja Católica teve o quadro definido como “complexo” e não tem previsão de alta.
Aos 88 anos, o pontífice começou a apresentar problemas respiratórios mais severos no começo de fevereiro. O quadro foi inicialmente descrito como um “forte resfriado” e depois como uma bronquite.
Nos dias anteriores à a internação, ele precisou pedir ajuda a assessores para ler discursos em mais de uma oportunidade. Entenda mais sobre o problema que acomete a saúde do papa.
O que é uma infecção polimicrobiana
Como o nome sugere, uma infecção polimicrobiana ocorre quando mais de um microrganismo prejudica a saúde de uma pessoa, de forma simultânea. Além de as infecções ocorrerem em função de vários micróbios, eles também podem ser de tipos diferentes: vírus, bactérias, parasitas ou fungos atuando ao mesmo tempo ou consecutivamente.
É comum que uma infecção polimicrobiana ocorra como consequência de um problema de saúde que se iniciou com apenas um patógeno, que deixa as defesas do organismo enfraquecidas para lidar com outro micróbio oportunista. Problemas comuns como uma gripe ou o sarampo (ambos causados por vírus), entre várias outras doenças, estão associados a uma maior chance de ter essa infecção múltipla.
O quadro do papa Francisco continua sendo descrito como uma bronquite, indicando uma infecção do sistema respiratório. No entanto, a infecção polimicrobiana pode afetar diferentes estruturas do corpo dependendo dos patógenos envolvidos, e nem sempre provoca sintomas pulmonares. De acordo com a situação, ela pode se manifestar de forma primária nos rins ou na bexiga, por exemplo.
O tratamento depende dos patógenos envolvidos na infecção, mas costuma utilizar antibióticos de amplo espectro para lidar com as bactérias, além de medicamentos específicos para os microrganismos identificados.
Francisco tem histórico de problemas respiratórios
As infecções respiratórias têm um impacto mais grave sobre o papa Francisco devido à capacidade pulmonar reduzida do sacerdote, em função de uma pneumonia sofrida na juventude.
Aos 21 anos, quando ainda era conhecido como Jorge Bergoglio, o futuro papa foi diagnosticado com uma pneumonia grave que levou ao desenvolvimento de três cistos pulmonares. O tratamento incluiu uma cirurgia em que parte do pulmão direito foi removida.
O histórico já era conhecido desde que ele foi eleito para comandar a Igreja Católica, em 2013.
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[Redação]
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